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Maio – 2024

Mulheres discutem condição feminina no Sindedif
O diálogo como meio de conhecer problemas femininos, discutir soluções em conjunto e estabelecer vínculos a partir de demandas comuns entre as mulheres. O resumo reflete o que foi os encontros realizados no Sindicato dos Empregados em Edifícios de Santos (Sindedif), nos meses de março e maio, dentro do Projeto Mulheres em Foco, iniciativa do setor de Comunicação da entidade sindical para comemorar duas datas marcantes: o Dia da Mulher e o Dia do Trabalho.
O primeiro evento, no dia 23 de março, deu continuidade às ações do Mês da Mulher. Dirigido ao público feminino da categoria, reuniu as profissionais Karla Pazetti, advogada, Maria José G. Barbosa, psicóloga, e Sílvia Carvalho, assistente social, que abordaram temas como previdência, aposentadoria, saúde mental, maternidade e direitos sociais entre outros. Ao menos 30 mulheres acompanharam o evento.
Numa dessas interações, uma associada do sindicato, faxineira aposentada, pediu a palavra. Após um início de conversa sobre trivialidades, ela relatou sua história de vida, os três filhos, o abandono do marido à época com o caçula de apenas 1 ano. E que, embora o pai tenha cumprido o compromisso de pagar uma pensão generosa para cada um deles, durante todos os anos não demonstrou interesse em conviver com os filhos. Inclusive reside em outro estado e constituiu nova família, com mulher e filha.
Por receber uma boa pensão, a associada achava que a criação havia sido proporcionada pelo ex-marido e, após ouvir as profissionais sobre a concepção de várias formas de mãe solo, refletiu sobre a própria realidade. E concluiu, emocionada: “Hoje eu descobri que fui mãe solo”. A fala provocou o encorajamento de outras pessoas, que relataram casos particulares.
Segundo encontro
A Mulher Trabalhadora foi o tema do segundo encontro do Projeto Mulheres em Foco, no dia 4 de maio, em referência ao Dia do Trabalho (1º de Maio. No primeiro sábado do mês, pela manhã, mais de 30 mulheres e alguns homens e crianças se reuniram numa roda de conversa, com participação de associadas, funcionárias do sindicato, líderes comunitárias, conselheiras tutelares assim como as profissionais convidadas para provocar o grupo a reflexões e questionamentos.
A roda foi aberta para breves introduções das especialistas. A psicóloga Maria Barbosa iniciou abordando a saúde mental em meio às demandas do dia a dia, como trabalho, família, sociedade e diante da própria individualidade. A assistente social Sílvia Carvalho pontuou a história da mulher na conquista de espaços no meio laboral, enquanto a advogada Karla Pazetti discorreu sobre direitos previdenciários, Benefício de Prestação Continuada (BPC), microempreendedorismo e acesso a serviços do INSS. Em ao menos cinco casos particulares, houve encaminhamentos e sugestões para possível solução dos problemas
O resultado desse segundo encontro foi o convite para que as profissionais possam conversar com as mulheres da Vila Pantanal (comunidade carente na periferia de Santos), onde há casos similares, como o de uma manicure que não podia abrir uma MEI por receber o Bolsa Família. A ela, foi sugerida a contribuição como facultativa, sem a necessidade de comprovar qualquer prática laboral.
Para a fonoaudióloga e doutora em Ciências da Saúde, Simone Carvalho de Oliveira, que colaborou na coordenação do projeto, “os eventos potencializaram a força da união pelas causas femininas, cujos reflexos se fazem sentir em toda a sociedade”. Segundo ela, prova do êxito dessas reuniões foi surgimento de uma nova fase do projeto. “Agora, temos a proposta de um terceiro encontro: o Mulheres em Foco Comunidade, a ser cuidadosamente planejado para ser realizado, inicialmente, na Vila Pantanal”.
Vale enfatizar a postura do presidente do Sindedif, José Maria Félix, guiado pelo entendimento da responsabilidade social, que procura uma sinergia entre as ações da instituição sindical com outras demandas da sociedade, abrindo as portas do sindicato para diversas frentes sociais. “O sindicato tem que brigar por salários e condições de trabalho, sim, mas não pode mais ficar alheio às mudanças e demandas da sociedade”.

   
 
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