Aos
empregados em edifícios
Retomada
das negociações já
Nós, do Sindicato dos Empregados em Edifícios
de Santos, entendemos o grave momento que o mundo atravessa.
Cumprimos a nossa parte, trabalhando dia a dia, sem descanso,
mesmo diante da pandemia do novo coronavírus.
Formamos uma categoria reconhecida pela sociedade como essencial
neste momento que prega cuidados sanitários, distanciamento
e, em boa parte do ano, isolamento social. Atendemos todas
as diretrizes e normas que impôs restrições
ao convívio das pessoas. E, na linha de frente, contribuímos
com nossa dedicação e compreensão do
grave período devido à covid-19.
Isso afetou a todos, de forma geral. No nosso caso, atendemos
aos apelos que interromperam as negociações
salariais, iniciadas no primeiro semestre deste ano. Por conta
da pandemia, as discussões em torno das negociações
foram suspensas. Compreensível e plenamente justificável.
Aos poucos, porém, a situação vem se
normalizando em termos de relações de trabalho.
Quatro meses depois de suspendermos as negociações,
achamos que já era hora de voltar à mesa para
discutir as nossas reivindicações. Por essa
razão, encaminhamos a pauta ao sindicato patronal (o
Sicon), que até agora não se manifestou sobre
o nosso pleito.
Continuamos no aguardo de uma posição clara,
transparente e objetiva do sindicato patronal. E cobramos
o mesmo respeito que tivemos no atendimento ao pedido de suspensão
das negociações no início da pandemia.
A crise continua, de certo, mas assim como vários setores
da economia já reativaram suas atividades, é
o momento de buscar a justiça com os empregados em
edifícios, que não mediram esforços para
o bem da sociedade.
A categoria é formada por homens e mulheres, chefes
de família, que igualmente enfrentam a desvalorização
de seus ganhos, com uma inflação que volta a
rondar a economia. O preço do arroz, da carne e de
outros gêneros de primeira necessidade é prova
disso.
Mais uma vez, em nome do respeito entre as partes, exigimos
do Sicon a volta das negociações e o devido
atendimento de nossas reivindicações.
José Maria Félix
Presidente do Sindedif
23/11/2020 |