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Folha Sindical
Sindicalismo é coisa séria

ANO III - Nº. 37
abril/maio-2004

Ponto de Vista do Presidente

Preservamos a unicidade;
diga não à reforma sindical

A reforma sindical que está sendo proposta pelo Governo é uma clara ameaça aos nossos direitos. Vamos ficar atentos e unidos para poder enfrentar este perigo à classe trabalhadora. Por esta razão, é importante manter o sindicato forte e preparado para esta verdadeira guerra que teremos de travar. Quanto mais estivermos fortalecidos, melhores condições teremos de fazer valer tudo o que conquistamos há mais de 60 anos.
Lembre-se que, sem sindicato, o trabalhador fica sujeito às decisões do patrão. O Governo vai colocar em votação no Congresso a chamada Reforma Sindical, o que, na prática, servirá para desmontar as entidades representativas dos trabalhadores. Com isso, pretende jogar na lama direitos e garantias que foram duramente conquistados ao longo dos anos.
Os defensores desta idéia dizem que a medida é para fortalecer os sindicatos. Será? Um governo que prometeu gerar 10 milhões de empregos durante sua gestão começou “bem”, mandando para rua quase 200 mil pessoas que trabalhavam nos bingos.
Você já imaginou tendo que negociar com seu patrão diretamente, sem a interferência do sindicato? Já viu patrão conceder aumento de salário e direitos adicionais espontaneamente aos seus empregados? Será que todos os patrões são tão bonzinhos que vão atender perfeitamente as suas necessidades? Eles pagarão consulta médica, dentista, darão orientação trabalhista? Acha que toda vez que consegue um benefício não é o sindicato que negocia para você? Pois é exatamente o contrário.
Por isso, companheiros, estamos convidando você para se associar ao Sindicato. Só assim, juntos, é que poderemos enfrentar a tão desejada reforma sindical que a CUT e o Governo pretendem fazer.
Reaja, diga não à reforma sindical do jeito que eles querem. Não entregue o patrimônio que você ajudou a construir para quem não tem compromisso com a luta dos operários. O sindicato não é da diretoria e nem do Governo. Ele é dos trabalhadores e os trabalhadores são vocês.


Em dia com a saúde

Doenças respiratórias: as vilãs do outono-inverno

A mudança de temperatura já começou a trazer conseqüências desagradáveis para muita gente. Nesta época do ano, as pessoas sofrem mais com espirros, tosses e outras manifestações das chamadas doenças de inverno. Entre os males que atacam com maior agressividade neste período, estão a gripe, a rinite e a asma.
Quem se aglomera em ambientes fechados para fugir do frio, fica mais exposto a doenças respiratórias. O alerta é do otorrinolaringologista, Cícero Matsuyama, do Hospital CEMA – especializado em olhos, ouvidos, nariz e garganta.
Segundo o otorrinolaringologista, a prevenção é o melhor remédio.
“É importante manter janelas abertas, por algum tempo, para diminuir os riscos de infecção. Evitar choques térmicos e andar agasalhado”, enfatiza Matsuyama.
Entretanto, ele lembra que a lã pode abrigar agentes alergênicos que provocam sintomas de alergia como coriza e espirro. Por este motivo, ele recomenda que os agasalhos sejam lavados entre um inverno e outro.
O especialista ressalta que ninguém deve se auto-medicar quando as doenças do outono-inverno atacam porque o próprio organismo se encarrega de combater os sintomas. “Para o paciente que se alimenta corretamente, repousa e bebe muita água, a recuperação é bem mais rápida”, revela.
Caso seja necessário fazer uso de medicamentos, o médico receitará antitérmicos e analgésicos. A ingestão de antibióticos é indicada apenas quando o paciente apresenta infecções secundárias que possam acometer os ouvidos, o nariz, a garganta e os pulmões.
Para não confundir um simples resfriado com doenças mais graves, é aconselhável recorrer ao médico sempre que sintomas, como febre e dores musculares, permanecerem por mais de 48 horas.

Fonte: artigo de Angélica Ramacciotti para o site do Hospital CEMA/SP


Fique atento, já estamos organizando mais
um curso de Segurança em Condomínios

Atenção, companheiros. A diretoria do Sindicato e a Polícia Militar estão estudando a realização de mais um curso de Segurança em Condomínios. Cada vez que é feito em nossa sede, o curso é um sucesso, com a presença de muita gente. Além de preparar o empregado em edifício para várias atividades, proporciona um certificado de participação.
Ou seja, é a prova de sua especialização. Assim que tivermos as datas definidas, vamos estar informando aos companheiros.


Sindicalize-se

Sindicato forte é categoria forte. Para se tornar associado, basta a Carteira Profissional, CIC, RG, duas fotos (3x4) e pagar a mensalidade. Informe-se no Sindicato.


Em dia com o visual

Aproveite para deixar o visual em dia. No nosso sindicato, você pode cortar o cabelo ou fazer a barba com o Mílton. E o que é melhor, de graça.
Das 8 ao meio-dia, sem precisar de agendamento. Chegou é só aguardar a vez.
É de segunda à sexta-feira.


DIREITOS SOB RISCO

Todos mobilizados contra a reforma sindical

A maioria dos sindicatos brasileiros está se preparando para uma batalha pela manutenção dos direitos dos trabalhadores. Isso porque o Governo petista, este mesmo cujo partido nasceu das lutas da classe operária, está empenhado em promover uma reforma sindical que pode acabar de vez com as entidades que defendem a massa de assalariados do País.
“Essa reforma está zerando os direitos trabalhistas que existem desde 1943”, diz o presidente do nosso sindicato, Pedro Francisco de Sirqueira. “E vem de quem a gente menos esperava. Agora, dá para perceber que o trabalhador votou errado, porque o Governo nos enganou”.
Pedro lembra que essa campanha contra os direitos trabalhistas começou com as discussões sobre a flexibilização da CLT.
Pela mexida que pretendem dar nas leis destinadas à classe trabalhadora, o Governo busca um jeito de parcelar o 13º salário, as férias, enfim, coisas desse tipo.
A mobilização e união de todos os companheiros são importantes para colocar um freio nas intenções dos que hoje comandam os destinos da Nação.
No dia 25 de março, houve uma grande manifestação em Brasília, envolvendo vários sindicatos e entidades, através do Fórum Sindical dos Trabalhadores. Também marcamos presença, com a ida do nosso presidente.
A manifestação terminou em frente ao Congresso Nacional. Segundo os organizadores, o ato reuniu cerca de 30 mil representantes de todo o País: de 16 confederações de trabalhadores, oito centrais sindicais, quinhentas federações estaduais e cerca de cinco mil sindicatos.
Depois de vários discursos, o ato público foi encerrado com a queima de um caixão simbolizando a Alca, o FMI, desemprego e juros altos.
Os trabalhadores defenderam a unidade sindical, manutenção de direitos trabalhistas, queda dos juros, mais empregos e mais renda.
O ato ocorreu de forma pacífica e nenhum incidente foi registrado.


História de Vida

Josué, o zelador do Centro

Bastante conhecido no Centro de Santos, onde trabalha há cerca de 20 anos, Josué Pereira é um homem que gosta do que faz. Como muita gente da categoria, ele teve de ralar muito até chegar numa posição de certa forma confortável na carreira. Começou como faxineiro, passou a guarda e depois conquistou um emprego de zelador no Edifício Fernandes Rodrigues Gil, na Rua Amador Bueno, 171, onde está há 15 anos.
“O começo nem sempre é fácil. Eu vim da minha cidade (Lagarto, em Sergipe) com 19 anos e, apesar da ajuda de uma parte da família que já estava em Santos, fui batalhando um emprego. Passei por várias dificuldades, mas não desisti”, conta ele.
Um dia, Josué precisou fazer uma consulta médica. O problema é que, como até hoje, o preço das consultas é alto. Através de amigos, procurou o Sindicato para saber o que tinha a sua disposição, quais direitos, coisas assim. “Foi aí que eu percebi a importância de estar sindicalizado. Não falo isso à toa. Eu tenho problema de diabetes, imagina se tivesse que pagar toda a consulta que fosse fazer? Não teria recurso para isso”.
O zelador acha que as vantagens são muitas. “Nós pagamos R$ 10,00 por mês, que é quase nada, e temos médico, oculista, dentista, advogado. Pensa bem, uma consulta hoje, num consultório particular, está quase R$ 80,00. Por isso que insisto com meus companheiros para ajudar a manter essa estrutura que temos. O sindicato é nosso e se não colaborarmos, se associando ou pagando em dia, a gente corre o risco de ficar sem ele”.
O prédio onde Josué trabalha é comercial, tem dois andares, mas nem por isso é menos difícil de conduzir como zelador. O edifício Fernandes Rodrigues Gil tem 70 salas, destinadas a profissionais de várias áreas. “No meu início aqui, fui aprendendo como lidar com as pessoas e hoje sou respeitado por todos. Isso para mim também é motivo de orgulho”.
O sonho de Josué é, quando se aposentar, voltar para sua terra. É lá que vai descansar e matar a saudade do lugar onde nasceu e passou toda sua infância.


Reunião lembra os 40 anos do golpe militar

Os 40 anos do golpe militar que derrubou o presidente eleito João Goulart, em 1964, foi lembrado pelo Conselho Sindical da Baixada Santista em reunião realizada em nosso Sindicato. Alguns sindicalistas e a subdelegada do Trabalho em Santos, Rosângela Mendes
, participaram do evento. A tomada do governo pelos militares levou o País a uma ditadura que só terminou em 1985, com a volta dos civis ao poder. Foi um período triste que envergonha a história do Brasil.


Veja as vantagens de se estar associado ao sindicato

Advogado: para defender seus direitos na Justiça do Trabalho e orientações pessoais, às terças e quintas-feiras, a partir das 8 horas;

Dentista: para você e seus dependentes, diariamente das 8 às 10 horas;

Clínico geral: também para você e seus dependentes, às terças e quintas-feiras, a partir das 8 horas.;

Oculista: para você e seus dependentes (antes, é preciso pegar guia no sindicato);

Departamento de Aposentadoria: cuida de todos os processos de aposentadoria, dos auxílios previdenciários, das perícias e das pensões das viúvas;

Departamento de Orientação Trabalhista: para conferir se os recebimentos de salários, horas extras e demais direitos estão corretos. Este setor, ainda, toma providências quando for confirmado prejuízo para o trabalhador. Também calcula os valores do 13º, das férias, dos recebimentos dos direitos em caso de dispensa, inclusive o FGTS;

Veículo: para transportar você e seus dependentes, na ida para hospitais e após alta médica quando houver empecilho de se locomover. É preciso ligar para o sindicato;

Bolsa de Empregos: estamos reestruturando este setor no sentido de ajudar na recolocação do companheiro que estiver desempregado;

Salão de Festas: para casamentos, aniversários ou batizado dos filhos;

Convênio Médico: o sindicato mantém um convênio médico com a Santa Casa de Misericórdia de Santos, para assegurar um tratamento ainda melhor aos companheiros e dependentes.


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